Resultados Preliminares

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Resultados Preliminares de Novembro 2023

Novembro 2023

As condições climáticas extremas com temperaturas e chuvas acima da média e seca em algumas regiões brasileiras, somado ao ambiente macroeconômico instável, seguem afetando a indústria brasileira do cimento. O volume de vendas em novembro totalizou 5,2 milhões de toneladas, uma queda de 1,7,% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

No acumulado do ano (janeiro a novembro), os números também foram negativos alcançando 57,4 milhões de toneladas, uma queda de 1,8% comparado ao mesmo período do ano passado.

Em relação ao despacho de cimento por dia útil em novembro verificou-se um aumento de 4,4% comparado a outubro e de queda de 1,3% sobre o mesmo mês de 2022, com 238,6 mil toneladas comercializadas, influenciados pelos feriados no período.

A combinação de taxa de juros elevada e endividamento que atingiu 76,6% das famílias brasileiras, apesar da leve queda nos últimos meses, impactaram negativamente o consumo das famílias. As vendas de materiais de construção no varejo vêm apresentando retração acumulada de 2,4% até outubro. Reflexo desse cenário, aliado a uma lenta recuperação da renda da população, os lançamentos e financiamentos imobiliários vêm apresentando queda.

A confiança do consumidor, em novembro, teve leve recuo e se acomodou após a forte queda de outubro. No entanto, entre as faixas de renda, as percepções caminham em lado opostos. Enquanto a classe mais baixa está mais pessimista, a classe média mostra recuperação e a classe alta apresenta estabilidade. Essas diferenças estão relacionadas a maior dificuldade financeira e em relação ao emprego.

O índice de confiança do setor da construção acomodou num patamar de pessimismo moderado, entretanto de forma heterogênea entre os segmentos. Na Infraestrutura há um certo otimismo, principalmente de obras viárias. Por outro lado, a confiança das Edificações piorou pelo terceiro mês seguido. Mesmo com o lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida, o ambiente de negócios não evoluiu como esperado e a demanda continua insuficiente.

Para reverter esse desempenho será necessário ampliar os investimentos na construção civil, já sinalizado pelo governo para 2024, no desenvolvimento urbano e de infraestrutura. Desta forma, é imprescindível impulsionar os programas habitacionais e a inclusão do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas e rodovias, por ser um método construtivo de maior durabilidade, mais econômico, que exerce o menor impacto ambiental e ainda traz conforto e segurança para os usuários.

“Em um mês tradicionalmente forte em vendas para o setor, a comercialização de cimento segue afetada negativamente pelas condições climáticas extremas, somada as incertezas em relação aos rumos da economia e endividamento das famílias” Paulo Camillo Penna – Presidente do SNIC

COP 28 | Indústria brasileira do cimento contribui para uma economia de baixo carbono no País

No momento em que líderes mundiais discutem alternativas para mitigar as alterações climáticas, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), marcaram presença na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, em Dubai.

O presidente da ABPC/SNIC, Paulo Camillo Penna representou a cadeia produtiva do cimento em debates sobre a agenda de sustentabilidade do setor e enfrentamento da mudança climática, no estande da Confederação Nacional da Indústria – CNI.

O setor, que internacionalmente foi o primeiro a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU, agora avança no seu compromisso de neutralidade climática no Brasil.

A ideia do posicionamento da indústria nacional é partir do Roadmap Brasil, lançado em 2019 e que apontava meios para reduzir a emissão de CO2 na produção de cimento, e ampliar para o ciclo de vida do produto, incorporando o concreto, a construção, a eletrificação, entre tantas outras ramificações que permitam alcançar a neutralidade climática do setor até 2050.

Este novo projeto reforça ainda mais o protagonismo da indústria nacional na agenda climática, que ocupa historicamente uma posição de referência entre os países com a menor emissão de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo, tendo estado à frente desse indicador em mais de 20 dos 30 anos da série histórica.

A iniciativa vem num momento mais do que oportuno, quando se discute no âmbito nacional a descarbonização da economia.

A indústria brasileira do cimento tem um importante compromisso com a sustentabilidade, principalmente no que tange a questão da substituição de combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia.

Essa atividade de coprocessamento, responsável pela transição energética em nossa cadeia produtiva, substituiu 30% do combustível em 2022, sua melhor marca, antecipando a meta prevista para 2025. Foram 2,856 milhões de toneladas de resíduos processados, evitando cerca de 2,9 milhões de toneladas de CO2.

Resultados Preliminares de Novembro 2023

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